A terceira idade, para todos, é uma fase que traz mudanças.
Envelhecer de forma ativa e com saúde se tornou uma realidade nos dias de hoje. Sabemos que ao adquirir hábitos saudáveis para nossas vidas, podemos evitar doenças e limitações na terceira idade.
Durante o processo de envelhecimento, o corpo passa por uma variedade de mudanças esperadas, que podem variar de indivíduo para indivíduo, sendo mais lentas para uns e mais rápidas para outros. Essas variações são dependentes de fatores como estilo e hábitos de vida, questões sociais, econômicas e doenças crônicas.
De modo geral, ocorre um conjunto de transformações estruturais e funcionais que vão acontecendo de forma progressiva e individualizada.
No sistema musculoesquelético ocorre uma notável perda de massa muscular (Sarcopenia) que se inicia por volta da quinta década de vida. Essa perda de massa muscular contribui com o aparecimento de outras alterações musculoesqueléticas.
Entre essas alterações se destacam diminuição da capacidade aeróbia, perda de força e resistência muscular, alterações de equilíbrio e da coordenação motora e perda progressiva de tecido ósseo (minerais e matriz óssea), tornando os ossos mais suscetíveis ao aparecimento de osteoporose e mais vulneráveis a fraturas.
Ocorre, de fato, uma substituição do tecido muscular por tecido gorduroso, tornando possível o aparecimento de certas doenças e incapacidades, como por exemplo, incontinência urinária, osteoporose, hipertensão arterial, entre outras.
A diminuição da massa muscular é um processo natural do envelhecimento, porém, pode se agravar e se antecipar devido a fatores externos. Um desses fatores é a falta de atividade física e de alimentação adequada.
Os idosos que não praticam exercício físico apresentam maior percentagem de gordura e menor de massa muscular, quando comparados aos idosos que praticam atividade física regular.
Também ocorrem alterações nos sistemas cardiovascular, respiratório e nervoso.
O envelhecimento é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares devido às próprias alterações fisiológicas e funcionais, que podem levar ao aparecimento de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) e outras patologias.
Com relação ao sistema respiratório, o envelhecimento causa uma diminuição da ventilação pulmonar e redução da elasticidade dos alvéolos, tornando a caixa torácica enrijecida e diminuindo assim a capacidade funcional do pulmão.
O sistema nervoso apresenta uma diminuição do número de neurônios, redução da intensidade dos reflexos e na velocidade de condução nervosa, o que pode levar ao aparecimento de demências e outras patologias.
A progressão do declínio cognitivo varia de acordo com fatores como educação, saúde, personalidade, nível intelectual global, capacidade mental específica, entre outros.
Conforme essas mudanças vão aumentando durante o processo de envelhecimento, a capacidade funcional do idoso vai diminuindo e consequentemente esse idoso começa a apresentar uma maior dificuldade na execução das suas atividades da vida diária (AVDs).
Todas essas mudanças e alterações combinadas com a inatividade física e maus hábitos de vida ocasionam processos patológicos que podem levar o idoso a uma perda progressiva da sua independência e, consequentemente, podem fazer surgir quadros de depressão e sentimento de incapacidade, o que deve ser tratado com muita atenção.
Primeiramente, temos que pontuar como a atividade física pode ser benéfica durante o processo de envelhecimento.
Os benefícios da atividade física são muitos e muito superiores aos riscos.
Pensando no sistema musculoesquelético, a atividade física regular contribui para a manutenção da força e resistência muscular, equilíbrio e coordenação motora, evitando o aparecimento de patologias e mantendo a independência do idoso nas suas atividades de vida diária.
A atividade física regular aliada a uma alimentação adequada também atua na prevenção de doenças cardiovasculares, como por exemplo, a hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e o acidente vascular encefálico, influenciando também em um melhor prognóstico de uma doença já instalada e na melhora da qualidade de vida.
Idosos que se mantêm ativos e com bons hábitos de vida possuem uma capacidade aeróbica melhor, comparados a idosos sedentários e com maus hábitos de vida. Portanto, o exercício físico regular atua na melhora da capacidade funcional pulmonar e cardíaca, além de reduzir os riscos de aparecimento de patologias cognitivas, como a demência e Alzheimer.
Portanto, a prática de atividade física regular representa ganhos para a saúde dos idosos, influenciando diretamente na saúde física e mental, prevenindo diversas patologias e melhorando a qualidade de vida dessa população. Uma melhor qualidade de vida por sua vez, proporcionará ao idoso bem-estar, autoestima elevada e redução do risco de ansiedade e depressão.
O Pilates é um método muito indicado para os idosos devido ao alto número de benefícios que ele pode proporcionar, promovendo uma vida saudável e ativa e interferindo positivamente na qualidade de vida.
“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem.”
Joseph Pilates
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Um abraço!
Dra. Leticia Dias Pinto de Oliveira – Crefito 3/259894-F
Fisioterapeuta da WP Pilates e Saúde
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