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Você conhece a Osteopatia?

O que é realmente a Osteopatia? O que a Osteopatia trabalha? É com ossos? Como é o tratamento da Osteopatia? Quando devo procurar um profissional da Osteopatia?

São perguntas bem pertinentes, pois muitas pessoas não sabem o que é, ou nunca ouviram falar sobre a osteopatia. Às vezes acreditam que a Osteopatia está limitada ao trabalho com o osso (devido ao prefixo “osteo” no nome). Também existe uma descrição do tratamento um pouco incompleta, quando se tenta explicar para os pacientes à respeito desse conceito maravilhoso. Para tentar sanar essas e outras dúvidas do cotidiano, resolvi escrever essa matéria, onde vou tratar sobre a Osteopatia como um todo, todas as suas possibilidades de trabalho, de atuação para com as pessoas.

Vamos para as definições da Osteopatia…

A origem da palavra Osteopatia, realmente está ligada à palavra osso, mas não tão simples assim. Do grego osteon (osso) e pathos (doença), como se observa nas definições atuais, dá um significado um pouco inadequado à Osteopatia por conta do sufixo “pathos”.
O desenvolvedor da Osteopatia, Andrew T. Still, teve o intuito de utilizar o significado mais profundo da palavra pathos, como sofrimento, percepção, sensibilidade, como um sofrimento que vem de dentro e que vai culminar nos ossos, por assim dizer. Mas vamos ainda além. Gosto de avaliar meus pacientes com a mentalidade de que os ossos e os músculos (sistema musculo-esquelético em geral) é a porta de saída do nosso corpo. Ou seja, tudo que nos acontece, tem um grand fínalle em um músculo, uma articulação, ou em um osso. Vamos perceber que existe algo de errado com nossa maquinaria humana através de uma sensação desconfortável (dor) no cotovelo, na coluna, no tornozelo, entre outras regiões, em forma de uma tendinite ou qualquer outro tipo de sintoma, chamado popularmente de doença. Mas isso eu vou detalhar mais à frente.

Como entendemos a Osteopatia…

Para início de conversa, tenho o hábito de visualizar a Osteopatia como um “conceito”. Mas não no sentido de definição, mas sim no sentido de “uma unidade de conhecimento”, “uma ideia concebida pela mente”. Em Filosofia, consiste em uma representação mental e linguística de um objeto concreto ou abstrato, significando para a mente o próprio objeto no processo de identificação, classificação e descrição do mesmo. Acho até bonito quando se diz que, em essência, um conceito define a natureza de uma entidade.

Eis a descrição dessa palavra a partir do dicionário priberam: Não falarei de tudo detalhadamente que está escrito aí, mas darei uma atenção especial em alguns trechos que considero de acordo com o assunto. Por exemplo, a própria palavra “conceito”, que vem do latim conceptus que pode significar tomar juntamente, reunir, conter. Porém, quando olhamos em forma de substantivo temos significados como faculdade de conceber ou conhecer.

Então, a Osteopatia pode ser vista como um conceito que engloba um sistema de cuidados integrais de avaliação, tratamento e prevenção da saúde humana por meio de técnicas e manobras manuais com o objetivo de investigar e eliminar obstáculos locais e sistêmicos no corpo, que estejam quebrando a sua homeostase. Então, o alvo de um profissional atuante da Osteopatia é a causa primária da quebra dessa homeostase (equilíbrio). Essa quebra de homeostase irá exigir uma adaptação das estruturas do corpo, com consequentes compensações, sobrecargas e aumento dos desgastes estruturais. No fim, tudo isso irá se manifestar em forma de sinais e sintomas, dos mais variados. Na visão da Osteopatia, e de outras modalidades também, é que se corrigir a homeostase, o corpo entra em equilíbrio novamente, eliminando as exigências, adaptações e compensações, trazendo de volta a harmonia entre as estruturas corporais, e dessa forma, a saúde global do ser humano.
Para isso, é necessário respeitar os princípios da Osteopatia, propostos pelo seu criador Dr. Still.

Vamos conhecer os princípios da Osteopatia:

  • A Unidade do Corpo: na Osteopatia, o ser humano é visto como um TODO. Não é separado em partes. Seu funcionamento depende da livre interação entre os vários sistemas, entre os ambientes interno e externo.
  • A Auto-Cura: é visto que o corpo possui a habilidade e capacidade de se auto curar, em situações de homeostase. Isso também chamado de auto regulação.
  • A Estrutura Governa a Função: para se ter uma função correta de algum órgão ou sistema, é preciso que as estruturas que as compõem estejam livres de obstáculos ou bloqueios, caso contrário, teremos disfunções.
  • Lei da Artéria de Still: Uma boa vascularização é essencial para um bom funcionamento estrutural. Ou seja, um bom fluxo de sangue, livre de bloqueios, que impeçam a sua normal circulação, mantém os tecidos em harmonia, e a sua normal e saudável função. Caso contrário, se os nutrientes e o oxigênio não chegam em quantidade suficiente às células, elas não conseguem sustentar os tecidos e órgãos que são formados por elas. Consequentemente, teremos novamente as disfunções, pois as células são a unidade funcional de todo o ser vivo. Sangue é vida.

Uma pausa para uma pergunta…

O que acha de conhecer os benefícios da Osteopatia nas unidades de Pinheiros e Itaim Bibi?


Voltando…

Como falei anteriormente, vejo a Osteopatia como um conceito. E como um conceito, é plausível se utilizar de várias ferramentas, desde que estas respeitem os 4 princípios da Osteopatia, citados agora a pouco. Portanto, desde terapias manuais, das mais diversas filosofias, manipulações viscerais (órgãos), manobras de cadeias musculares, liberações miofasciais entre muitas outras que existem por aí à fora. Tudo vai depender da bagagem do profissional. O importante aqui é o profissional saber identificar qual é a ferramenta correta para aquele paciente, para aquele momento, pois cada paciente é um paciente único, e cada momento é um momento específico e necessário para a sobrevivência daquela pessoa. Lembre-se disso, é muito importante.

Portanto, o tratamento de Osteopatia é baseado em avaliação tratamento e prevenção, na qual se utiliza de terapias manuais na busca e eliminação das causas primárias das ditas doenças. Dores nas costas, nos ombros, enxaquecas, insônias, gastrites, problemas intestinais, problemas emocionais, tudo isso são sintomas causados por quebras de homeostase, e a forma que a Osteopatia trabalha não é em cima desses sintomas, mas sim nos obstáculos que “podem” estar levando a desequilíbrios entre sistemas que podem assim, resultar em uma disfunção. Os sintomas são dados importantes nas avaliações para saber qual sistema está sendo prejudicado pela falta de homeostase, assim como para eleger a melhor ferramenta a ser utilizada, e também para saber quando é preciso encaminhar o paciente à outras modalidades de tratamento para que, em conjunto, consigamos auxiliar a pessoa na busca da sua auto-cura e, dessa forma, alcançar a saúde plena.

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Um abraço!

Dr. Thiago Fonseca Pereira  – Crefito-3/ 133094-F
Fisioterapeuta da WP Pilates e Saúde

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