Com a chegada do bebê, a mulher entra na fase do puerpério. Essa fase, que geralmente dura de 45 a 60 dias, é acompanhada de mudanças fisiológicas, hormonais e anatômicas. Durante esse período também ocorrem grandes adaptações na casa e na família.
Apesar de não haver um consenso sobre a duração do resguardo, a abstinência recomendada é de em média 40 dias, dependendo de como foi o parto e suas intercorrências. Após essa fase, todas as dúvidas sobre o retorno as relações sexuais podem ser assustador.
Com toda essa reestruturação e as demandas com o bebê, o cansaço físico e emocional, acaba influenciando a intimidade do casal. Além disso, nessa fase os hormônios estão se reequilibrando e os níveis de estrogênio caem, consequentemente diminui o interesse sexual e a lubrificação vaginal. Essa queda da libido pode durar dias ou até meses.
Claro que cada mulher é única e cada corpo se comporta de um jeito diferente. Em algumas mulheres pode ocorrer dor na relação sexual, pela diminuição da lubrificação ou ainda por aderências cicatriciais devido aos traumas nos músculos perineais ou cirurgia cesárea. Outras vão relatar queda no desejo sexual devido à falta de sono e aumento da demanda de trabalho em casa. Algumas mulheres relatam ainda que a vida sexual ficou ainda melhor.
Mas como resolver?
No caso da dor durante a relação sexual, o fisioterapeuta especialista em assoalho pélvico utilizará um conjunto de técnicas para ajudar a melhorar a percepção dessa região e aliviar a dor.
Importante também é ter uma rede de apoio, ter um tempo para descansar e relaxar é fundamental. Conversar abertamente sobre o tema com o parceiro mantém o vínculo e pode trazer novas ideias para redescobrir a intimidade entre o casal.
A prática de atividade física também é benéfica, pois ajuda na autoestima além de liberar endorfinas, que levam a sensação de bem-estar, alívio e relaxamento. A técnica de Pilates é muito indicada no período puerperal por ser uma atividade física mais completa e de baixo impacto. É um tempo separado para o autocuidado, com máximo aproveitamento, ajudando o corpo a se recuperar e a mente a se reequilibrar.
O que importa realmente é respeitar seu corpo, seu tempo, seu momento de descobertas como mãe. E saber que existem estratégias disponíveis para melhorar essa adaptação, quando assim desejar. Seja melhorar a lubrificação vaginal, seja aumentar a autoestima ou o prazer na relação sexual. Mesmo com tantas características fisiológicas ou não, influenciando o retorno da vida sexual negativamente, a falta de libido não vai durar eternamente. A diminuição da libido não é nem precisa ser um tabu.
Dra. Karen Burgos CREFITO 3/103585-F
Fisioterapeuta na WP Pilates e Saúde
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