As Artes Marciais Mistas, mais conhecidas pela sigla MMA, é possivelmente um dos esportes mais imprevisíveis, pois se trata de uma modalidade com infinitas possibilidades de resolução. Os atletas possuem muitas variáveis para desenvolver a dinâmica do esporte.
Um atleta oriundo do jiu-jitsu brasileiro tem uma gama de opções para impor seu jogo e ao mesmo tempo ele possivelmente treinou dentro da área da trocação (striking) e assim aumentou suas possibilidades de vencer seu oponente. Um atleta, por exemplo, pode nocautear com soco e chutes mantendo a luta em pé ou pode aplicar chaves e estrangulamentos na luta agarrada no chão.
Neste texto quero abordar a prevalência de lesões em atletas de MMA e o que a fisioterapia pode fazer para os “triatletas” de luvas nas mãos. Veja os números abaixo:
A região corporal mais comum foi a cabeça / pescoço / face (38,2%), seguida pelos membros inferiores (30,4%), membros superiores (22,7%), tronco (8,2%) e virilha (0,5%). Lesões no nariz (6,3%), ombro (6,3%) e dedo do pé (6,3%) foram as mais comuns.
Os números acima são significativos para traçarmos uma ideia e fazer um acompanhamento fisioterapêutico nestes atletas, principalmente com a relação de cervical, membros inferiores e superiores que mostram um número bem expressivo.
Tendo estes números podemos entender quais segmentos musculoesqueléticos devemos ter uma maior atenção na avaliação e assim atuar no pré-competição para que o nosso atleta chegue 100% ou próximo disto em competição. Atletas de alto rendimento realizam 2 ou 3 treinos diários: preparação física e treinos específicos – muay thai, jiu-jitsu e wrestling. Em resumo, é uma demanda bem alta para que consiga atingir uma condição de se apresentar bem no dia da luta.
Após a competição é hora de avaliar novamente e ver quais foram as eventuais lesões ou desconfortos que a execução da função trouxe ao mesmo.
Conforme se vê na foto deste post uma “chave reta de joelho”, esta finalização traz uma infinidade de possibilidades para que o atleta tenha uma lesão no joelho (rupturas ligamentares, lesões meniscais, fraturas e afins), a parte técnica tenta prevenir que não haja a lesão, mas nem sempre é essa realidade e assim nosso trabalho como fisioterapeuta do esporte será de suma importância neste momento.
Agora lesionado, este atleta precisará de todo suporte fisioterapêutico para que possa fazer o retorno gradual e adequado à sua prática.
Referência dos números do texto: Woodward TW. A review of the effects of martial arts practice on health. Wisconsin Medical Journal. 2009; 108 (1): 40-3.
Dr. Neto Ribeiro – Crefito 3/ 257794-F
Fisioterapeuta e Instrutor de Pilates na WP Pilates & Fisioterapia
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