Crossfit X Mobilidade de tornozelo

Você praticante de Crossfit já deve ter ouvido alguma vez que para agachar bem precisaria fazer bastante mobilidade de tornozelo, porque ele parece bem “travado” e te impede de executar o movimento no limite.

Em partes é uma informação verídica, mas pode ter outros fatores envolvidos neste processo. Vou comentar sobre o tornozelo e a relação importante que ele tem em alguns exercícios dentro da prática do Crossfit.

Quando fazemos um agachamento temos duas articulações que promovem a parte da mobilidade do processo do movimento (quadril e tornozelo). 

“Ah, Neto, mas e o joelho?” O joelho é intermediário (fazendo papel de estabilidade) e que sofre quando alguém falha, seja tornozelo ou quadril.

A atenção para a mobilidade do tornozelo sempre é importante pois ela implicará em oscilações, compensações e eventualmente, em sobrecargas em outras articulações e outras áreas (levando a desconfortos e potencialmente à lesões). A pouca amplitude de movimento nesta articulação acaba ficando evidente em exercícios como o pistols (agachamento com uma perna só) e os OverHead Squat (agachamentos com os braços acima dos ombros). Ambos exercícios precisam sim da amplitude adequada do tornozelo, principalmente no pistols, mas quando falamos dos overheads squats, teremos muitas variantes, tais como; pouca mobilidade de ombros, punhos e segmento torácico.

O que quero dizer é que no final das contas, o tornozelo é muito importante sim para a execução destes e muitos outros movimentos da prática, mas não é o vilão para os exercícios do crossfit, a avaliação de nós profissionais do movimento precisam ser mais ampla e profunda.

Desde a investigação de padrão e como é construída a sinergia destes movimentos, até realmente a avaliação de amplitude de movimento. Esse paciente possui uma rigidez na cápsula articular deste tornozelo ou outro fator associado. Apontar apenas para um motivo da má execução de um movimento acaba sendo vago e subjetivo.

WP Pilates e Saúde