Assim como os atletas amadores ou de alto rendimento, nós também precisamos de uma condição musculoesquelética no mínimo adequada para que possamos executar nossas práticas esportivas tranquilamente, como por exemplo, a prática regular da corrida.
Esta condição musculoesquelética que relatei significa ativação e força muscular adequadas para a tarefa que executamos na corrida. O corredor também precisa estar com tais condições equilibradas para que seus treinos e/ou competições se tornem mais eficientes. Então um bom trabalho de fortalecimento associado aos períodos de treinamento faz muito sentido.
Mas o que de fato podemos fortalecer e assim otimizar nossa tarefa?
A corrida não é somente as pernas executando o movimento de propulsionar à frente o tempo todo. Devemos pensar no corpo de uma forma geral para tais exercícios de fortalecimento, como os exercícios para o CORE (musculaturas do tronco), glúteos, músculos posteriores e anteriores da coxa, músculos da perna (ex. panturrilha) e músculos dos nossos pés. O fortalecimento geral dos nossos membros inferiores e musculatura envolta do tronco acaba sendo de suma importância, não somente para a corrida, mas para qualquer atividade esportiva e mesmo para nosso dia a dia.
Todos esses grupos musculares uma vez otimizados darão mais eficiência e estabilidade para você desenvolver a corrida de uma maneira melhor. Estruturas musculares estáveis e com forças adequadas ajudam na melhora da performance e também ajudam a diminuir o risco de lesões. Mais uma vez, vale recordar que esses fatores citados acima aliados a execução do movimento próximo do ideal é o cenário perfeito para que você possa correr e obter seus objetivos de forma segura e eficiente.
Quando o fortalecimento não é o caminho para a melhora do desconforto ou queixa dolorosa, o que devemos nos atentar?
Sempre sou questionado pelos pacientes se realmente quando ele tem uma queixa dolorosa durante alguma prática esportiva, é uma causa de desequilíbrio ou “fraqueza” muscular.
Pode haver sim casos onde a queixa é proveniente de um desequilíbrio muscular, mas devemos nos atentar a outros fatores também. Pois senão entramos num ciclo vicioso de fortalecer, fortalecer, sentir desconforto, voltar a terapia para fortalecer e sentir desconforto depois de um certo tempo novamente.
Em alguns casos, entender o movimento e o que ele necessita dará uma clareza maior entre saber se é um desequilíbrio ou apenas não ativação muscular correta, por exemplo.
Podemos fortalecer um grupo muscular exaustivamente e quando colocamos nosso paciente na função ele ainda apresenta padrões ruins de movimento. O ganho de força é de suma importância, mas se ele não estiver sendo usado de maneira correta e efetiva, não trará eficiência e nem segurança ao indivíduo.
Criar sinergias adequadas (com ativações musculares corretas) nestes casos, acaba sendo a melhor opção.
Mais uma vez, lembrando que um bom padrão de movimento é composto de estabilidade (condição muscular adequada), boa sequência de movimentos (sinergias ideais) e sustentação vertical (alinhamento postural bom).
Dr. Neto Ribeiro – Crefito 3/257794-F
Fisioterapeuta na WP Pilates e Saúde
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