A Diástase abdominal é uma das principais preocupações das mulheres no período pós-parto.
No decorrer deste texto vou explicar um pouco mais sobre a diástase abdominal e suas implicações.
Durante a gestação o corpo da mulher passa por diversas alterações hormonais, como por exemplo a ação da relaxina, que ocasiona uma frouxidão ligamentar em todo o corpo, porém, tem ação bastante significativa nos músculos abdominais, especialmente no reto do abdômen.
Com o crescimento do útero, ocorre uma distensão desses músculos e ligamentos, ocasionando um afastamento entre os seus dois feixes, caracterizando assim, a diástase do músculo reto abdominal (DMRA).
Então toda gestante vai ter diástase?
A resposta é sim.
Durante a gestação a diástase do músculo reto abdominal é fisiológica e vai acontecer, uma vez que o útero da mulher vai crescer e o abdômen vai precisar se distender para dar espaço e acomodar o bebê.
Contudo, a diástase abdominal que ocorre durante a gestação, pode ser considerada fisiológica ou patológica. E o que pode ser feito durante a gestação é um trabalho para conter a diástase, para que não ocorra um afastamento maior do que o necessário.
Diástase fisiológica ou patológica?
A diástase pode ser percebida normalmente no 3º trimestre de gestação ou no puerpério e pode ser diagnosticada através de vários métodos.
Utilizando o método de palpação sobre a linha alba, consideramos a diástase fisiológica, ou seja, uma separação necessária para dar espaço para o bebê, um afastamento de aproximadamente dois dedos.
Já a diástase patológica é considerada quando temos um afastamento de dois dedos ou mais.
O maior ponto de afastamento geralmente acontece no umbigo, porém, pode acontecer sobre toda a extensão da linha alba.
Fatores de risco
Alguns fatores podem influenciar o aparecimento da diástase.
Mulheres com tônus muscular abdominal mais baixo apresentam maior chance de apresentar diástase. Além disso, gestações múltiplas, obesidade e a genética também influenciam no seu aparecimento.
O que a diástase pode causar?
Além da estética que deixa o abdômen “estufado”, a diástase patológica do músculo reto abdominal pode ocasionar problemas na estabilidade do tronco, na sustentação da parede abdominal, ocasionando alterações posturais e queixas musculoesqueléticas, como por exemplo a dor lombar.
Por isso, o trabalho de estabilidade do corpo e correção da postura é tão importante durante a gestação. Tem o objetivo de conter a diástase para que não se torne patológica.
O tratamento da diástase abdominal pode ser feito independente do tempo de pós-parto e consiste na melhora da função da musculatura abdominal e do corpo como um todo.
Procure um profissional especializado para fazer uma avaliação.
Dra. Letícia Dias Pinto de Oliveira – CREFITO 3/259894-F
Fisioterapeuta na WP Pilates e Saúde
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